sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Tenho muito medo de falar sobre aquilo que não conheço. Isso me faz ter um sério problema na faculdade, embora considere que o conhecimento que tenho por vivência também é útil porque sou um ser pensante e crítico, não costumo falar muito.

Sou, de fato, um ser curioso. Mas me falta embasamento teórico. Leio muitos trechos. O que me faz saber um pouco de várias coisas... e não me aprofundo em nada. Embora eu ainda não esteja estudando educação especial na faculdade, tenho lido muito, graças a uma facilidade da internet, que me faz ter acesso a psicólogos, pedagogos, educadores. Tenho estudado em específico a surdez.

Porém, para mim, conhecimento pouco é mais perigoso que conhecimento nenhum. Observo quantos erros pessoas que sabem pouco comentem, por considerarem o seu conhecimento suficiente e tirarem conclusões precipitadas sem preocupar-se em apronfundar os conhecimentos, olhar por ângulos diferentes. Quando penso em falar algo, me refreio, para não falar besteira. Gosto de discutir assuntos que eu tenha estudado bem, ou pelo menos, tido uma boa vivência.

Mas gosto de desafios. Ter que ler para debater. E minhas conclusões estarão aqui.

sábado, 10 de outubro de 2009

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Gabriel Pensador
Composição: Gabriel, O Pensador

Estudo Errado - Gabriel O Pensador
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico ...
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada


Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sóciosQuem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.


***
Sempre fui considerada uma boa aluna. Tanto na escola, quanto nos cursos.

Estudando tendências pedagógicas percebi que na verdade eu não era uma boa aluna. Eu era na verdade uma ótima reprodutora. Culpa das escolas tradicionais nas quais estudei. Hoje tento me aprofundar em conhecimento, mas preciso ter muito cuidado para não me acomodar. Pois percebo na faculdade muitas pessoas tendo problemas na avaliação, e até hoje eu não tive grandes problemas. Não que eu esteja muito bem, acho que é porque eu continuo sendo uma boa reprodutora, e isso conta muito em uma avaliação.(Enquanto não for mudado o conceito de avaliação)
Se eu pensar apenas nos resultados a efeito de avaliação, não vou progredir nada nada, não vou criar olhar crítico. E eu detesto estar em um lugar onde eu não sei bem o que está sendo dito, por isso não participo muito, até que eu saiba do que estou falando e tenha questionamentos pertinentes. E pra isso é preciso mais estudo, muito esforço.

Como podemos fazer com que os alunos não sejam apenas reprodutores?
Aceito sugestões!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Banalidades...

Ah, eu quero sim emagrecer 10 kg. Mas não precisa ser isso tudo também.
Queria ter o corpo esbelto, tudo no seu devido lugar, no estilo "Eu malho, sim, dá pra perceber?".
Quero sair pra malhar sem ficar 10 minutos olhando pros livros da faculdade e pensando "Vou malhar, ou fico pra estudar?"
Não quero ser magrela! Já quis, confesso. Agora eu sei que não é meu tipo físico, então respeito meu corpicho e quero só que ele fique bem cuidadinho.
Mas eu faço o quê com as barras de chocolate que me paqueram? Faço o quê com o lanche com uma amiga? Faço o quê com a preguiça de levantar cedo pra andar de bike?
Eu quero sim ir ao salão de beleza e mudar unha, pele, cabelo e o que mais puder, mas acabo gastando meu dinheiro em passeios, livros, etc.
Eu tenho desejos de mulherzinha, sim! Eu queria gastar muito dinheiro com roupas e acessórios.(Se as roupas que tem nas lojas me agradassem, definivamente, moda não foi feita pra mim.)
Eu queria ter os lábios carnudos. A cintura finíssima. Os pés pequeninos. A pele perfeita.

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Apesar dos meus assuntos nunca girarem em torno disso, eu penso nessas coisas como qualquer mulher, sim!
Mas eu não saberia ser feliz se eu não pudesse assistir filme com a minha mãe acompanhada de um chocolate branco. E dormir até mais tarde vez ou outra. E deixar meu cabelo bagunçado até a hora de sair de casa.
E NÃO!!! Olhar vitrine não é divertido!!! Nem tentem me convencer que pra mim sair pra passear não é sair pra comprar! Passear pra mim é ir ao cinema, ou a praia, ou ao sítio, rodinha de violão, cantar e dançar bastante. Admirar natureza, ou só admirar a vida.

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É, eu tô tentando fazer reeducação alimentar. É que a minha alimentação anda muito mal-educada, rsrs.
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É, se eu não for dormir agora, amanhã eu não acordo pra andar de bike e malhar. E não vai dar tempo pra terminar o trabalho da faculdade. E aí eu certamente vou desistir da malhação pra ter mais tempo de terminar o trabalho.
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Caramba! Didática é legal, bem legal. Mas eu tô confundindo tudinho, tudinho. Planos, Planejamento, PCN, LDB, etc, etc...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sociedade dos poetas mortos


Filme antigo, muita gente conhece. Um professor incrível, que quebra o tradicionalismo, e obriga seus alunos a pensar, que os faz ver que não precisam apenas absorver conhecimentos transmitidos na escola. Transforma seus alunos de passivos a ativos. Os alunos começam então a entender que eles tem sim liberdade para fazer suas escolhas, e transformar suas vidas.

Esse filme faz qualquer estudante de Pedagogia viajar. Mas pode ser aplicado a qualquer coisa na vida.Tradicionalismo, falso moralismo, modismos e outros ismos nos são impostos. E a sociedade nos transforma em robôs.

Por isso é difícil inovar. Sempre aqueles que trouxeram modificações, mudanças e melhorias foram criticados, porque nós nos acomodamos, e não gostamos daqueles que nos tirem da zona de conforto. E então, fazemos menos do que podemos, por achar que "já tá bom do jeito que tá".

Não tô falando que é pra ficar insatisfeito com o mundo ou com a própria vida, não. Mas, please... sacode a poeira, inova um pouquinho... não se acomode...não se acostume. Não deixe a rotina te transformar em máquina.
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Alguns estudiosos do capitalismo mostraram as consequencias do método de produção fundamentado na divisão do trabalho. Marx chegou a dizer que o funcionário transformava-se em uma extensão da máquina. Estava condicionado a viver executando uma mesma função o tempo todo, sem ter uma visão da totalidade.
Acho que a rotina faz isso, a gente se acostuma com as ruas, as pessoas, as situações, e a vida vira um mecanismo repetitivo. Não evoluimos, nem regredimos, estacionamos, apenas.

E não... não precisa ser assim.

terça-feira, 21 de julho de 2009

O mundo e eu

O importante não é o que fazem do homem, o importante é o que ele faz do que fizeram dele – Essa é a máxima de Sartre

Até que ponto o meio nos influencia?
Vygotsky baseado em Marx e Engels explicava como o meio influencia a pessoa. Tudo que está em nossa volta nos constrói. Ou seja, nós somos produtos do meio.
Acredita nisso?
Talvez sim, talvez sejamos mesmo apenas o que fazem de nós, isso explicaria claramente o motivo de as pessoas parecerem tão iguais, a moda ditar regras, a mídia modificar valores.
Mas daí, vamos a máxima de Sartre “o importante é o que ele faz do que fizeram dele”. Nós somos seres livres, ninguém pode mandar na nossa mente, se nós não permitirmos. Não existe a obrigação de sermos iguais, afinal, são as diferenças, no modo de pensar, agir, entender, que nos levam ao conflito, que nos fazem pensar, e nos fazem crescer, movimentar. Estagnação não existe quando há colisão de idéias.
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Eu não preciso ser igual a você. Para me fazer agir de alguma forma, você vai precisar me convencer de que tem a verdade. Estou disposta a mudar e me adaptar a novas idéias o tempo todo, mas convença-me.

Liberdade é uma sensação incrível... mas cuidado, como disse Renato Russo:
“Ser livre é coisa muito séria”

segunda-feira, 25 de maio de 2009

E vai ser assim...

Esse blog pode ser útil ou inútil.
Eu posso falar sobre o que estou estudando. Posso falar sobre as inteligências múltiplas defendida por Howard Gardner, que recentemente foi usada numa pesquisa que descobriu que nós, mulheres, somos mais inteligentes que os homens(particularmente desconfio dessas pesquisas, embroa essa tenha sido do meu agrado, rs). Ou eu posso dizer qualquer besteira sobre qualquer coisa que eu estiver vendo aqui. Tipo: Hoje queimaram novamente uma grande parte da serra do vulcão. E a vista que eu tinha aqui de frente, que era verde, ficou preta. Será que eles não sabem que isso é proibido?

Por hoje é só pessoal...